Publicado por: egle | 5 outubro, 2016

Coma a comida que a comida deles come

Conselho dado pelo Pedro, meu filho, quando comentei a minha dificuldade em me alimentar em Portugal, especialmente no Alentejo.

Temos borregos, porco preto, secreto ( barriga de porco), farinheira ( linguiça recheada de farinha e gordura de porco) e por aí vai. Estou me alimentando de pão e queijo. O vinho entretanto está batendo um bolão.

Dificil mesmo está sendo segurar o companheiro frente a estas delícias.

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Publicado por: egle | 15 setembro, 2021

Netos, a sobremesa da vida

Devido à pandemia o contato com Caetano, meu neto de 2 anos , foi escasso.

Adultos vacinados e número de casos diminuindo, Caetano veio passar 4 dias conosco em Bracuhy.

Acordar de manhã sendo chamada de vovó /vovô, ir para a beira do cais e se maravilhar com o encantamento desta pessoinha com tudo: os peixinhos, a tartaruga, as pedras

Observar quão maravilhoso é o mundo do faz de conta: um fio elétrico vira uma mangueira , um jogo de Lego vira uma moenda de cana.

Como a natureza é sábia, quando já estamos cansando das responsabilidades, das tarefas cotidianas, somos brindados com este tesouro que são os netos , a sobremesa da vida .

Passeando com papai no caiaque de Hélio e Mara

Vendo fotos antigas
Comendo granola com vovô

Publicado por: egle | 1 setembro, 2021

Bodas de Seda

No dia 05 de setembro de 1980 , Ivan e eu juntamos os trapos ( poucos). Nossa primeira morada foi em Santos (onde iríamos iniciar um projeto que duraria 6 meses) em um apartamento alugado/ emprestado por uma prima de meu pai ( não conhecia nem a prima nem o ap).

Nossa Brasília mostarda , com o banco abaixado, estava com duas televisões ( uma tinha imagem e a outra som), poucas roupas e duas caixas de som enormes …

Decidimos ir pelo litoral para curtir a viagem . Perto de Ubatuba notamos que o tanque estava vazio e surpresa !!!, os postos de gasolina estavam fechados pois o Brasil passava por racionamento de combustível e os postos em áreas turísticas fechavam de sexta até segunda…

Nossa primeira ideia foi buscar um hotel. Os únicos disponíveis estavam bem acima de nossos parcos recursos à época. Bom então vamos dormir no carro mesmo, mas e se formos assaltados? Encontramos um taxista que nos vendeu gasolina pelo dobro do preço da bomba e assim conseguimos chegar em Santos , dormimos em um hotel e no dia seguinte fomos tomar posse do apartamento mobiliado , alugado/emprestado ( o preço do aluguel era baixo,não havia contrato, nem fiador)

Bom, para encurtar a história,o apartamento era muito feio, escuro,em um bairro mais ou menos, e afinal seria nossa primeira casinha. Partimos para a imobiliária mais próxima ,onde encontramos um corretor amável, que nos levou para um apartamento de primeira locação, lindinho cuja dona havia cancelado o casamento às vésperas de ocupar o imóvel. Queremos este gritamos em uníssono- Mas só por 6 meses e não temos fiador 😁.Conversa daqui,conversa dali, o dono do imóvel achou que merecíamos crédito e concordou com um depósito antecipado de 3 meses de aluguel. Corremos para comprar um colchão , instalamos nossas duas televisões e nosso sistema de som e lá se vão 41 anos que estamos juntos .

Foto tirada em 2015,na frente de nosso apartamento em Santos
Publicado por: egle | 30 novembro, 2018

Almoço na Bodega Melipal

Melipal em língua Mapuche quer dizer Cruzeiro do Sul. Esta bodega fica a 60 km de Mendoza e possui uma produção pequena.

O almoço na bodega é um menú de 5 pratos devidamente harmonizado com seus vinhos.

Jon é o nosso atendente , muito conhecedor dos vinhos e comidas nos informando continuamente sobre a harmonização. Pobre é fogo. Jon servia o vinho, bebíamos logo e quando a comida chegava o copo estava seco. No primeiro prato ele re-encheu os copos. A partir do segundo prato passamos a nos comportar.

Truta defumada, creme de laranja e emulsão amêndoas.

Espumante Melipal Extra Brut

Empanadas com recheio de panceta, gengibre e creme picante de passas

Melipal Malbec, 12 meses em Carvalho francês.

Pasta de vegetais , molho de beterraba ( sem gosto de terra, tão boa quanto a que Pedro faz, kkk) e praline de abóbora

Melipal Cabernet Franc, 12 meses em Carvalho francês.

Novilho assado, creme de batata e chimichurri.

Melipal Nazarenas, 18 meses carvalho francês, proveniente de uvas de um vinhedo de 1923.

Creme de morango, raspas de limão e telha de amêndoas.

Melipal Malbec Rose , colheita precoce.

O almoço durou cerca de 3 horas e foi um festival de hums, uis e ais a cada garfada.

Para completar a vista dos Andes ao fundo

Publicado por: egle | 20 novembro, 2018

NOTAS SOBRE O ATACAMA

San Pedro  de Atacama, a cidade , é muito feia. O em torno é constituído de residências muito toscas, com madeirite ou chapas de zinco servindo de muro. As ruas são irregulares, sem calçamento e muita poeira. A rua dos Caracoles, onde tudo acontece, é uma rua de pedestres, cheia de cachorros que circulam livremente e gente muita gente. A maioria jovem.

Nós chegamos à cidade, vindo da Argentina e fomos direto para o hostel. O bairro é super feio e a fachada do hostel não fica atrás ( o quarto , café da manhã, atendimento,muito bons).

Conversamos com os companheiros de viagem e encurtamos a estada de 5 para 3 noites.

Vamos as atrações: Lagunas altiplanicas, salares,, formações de pedra…

Todas muito bonitas,paisagens totalmente novas para nós, um lugar único, mas em minha opinião muito parecidas.

Lendo os relatos dos viajantes chega-se a imaginar que 1 semana não será suficiente. Na minha opinião três dias dão e sobram.

Durante a estada tomamos muita muita água, alimentação leve, muito soro fisiológico nas narinas e assim evitamos o “sorocho”, mal da altitude. Apenas uma leve falta de ar nas altitudes acima de 4000 m.

Laguna Chaxa


VALE DA LUA

Publicado por: egle | 13 novembro, 2018

Um aniversário inusitado

Eis que nos encontramos no noroeste da Argentina, na deliciosa cidade de Cafayate, à caminho do deserto do Atacama junto com os queridos amigos Celso e Euzi.

Hoje meu companheiro faz 77 e o dia não podia ter sido melhor. Fomos para a cidade de Molinos, 130 km de estrada de terra e muitas pedras, e uma paisagem incomum para nós.

Molinos possui cerca de 1000 habitantes e ao meio dia  não se via vivalma. Por mero acaso entramos no ” El Rancho de Manolo” que nos brindou com maravilhosas empanadas, cerveja muito gelada e um singelo leitão para o aniversariante .

20 km mais de terra e pedras e chegamos a vinícola Colomé, situada a 2300 m de altitude onde se encontra o Museu James Turrel, artista plástico americano , totalmente devotado a luz e espaço.

O dia terminou em Cafayate, com um churrasco de cabrito regado a Torrontes, um vinho branco, frutado, típico desta região .

Publicado por: egle | 8 novembro, 2018

Partiu Atacama

Saímos de Cunha dia 05/11 , bem cedo com destino a Londrina, 750 km, 9:30. Chegamos quebrados e fomos direto para o quiosque D. Onça, localizado em um estacionamento , comemorar meu aniversário. Um local inusitado, muito agradável e com comidinhas deliciosas.

Publicado por: egle | 2 novembro, 2018

E lá se vão 5 anos

Às vésperas de completar 60 anos , escrevi um texto fazendo um inventário dos anos bem vividos ( https://pintandoosetti.wordpress.com/2013/01/01/de-repente-60/).

5 anos depois a vida continua uma sucessão de bons momentos. A família cresceu com a chegada de 4 adoráveis sobrinhos-netos. A mami continua firme e forte, saracoteando o quanto pode. O companheiro ainda me acha bonita e ainda conversamos e nos divertimos muito um com o outro. Ainda estou acima do peso, mas acho que só na minha lápide escreverei ” enfim magra”.

E repito aqui as sábias palavras de Keith Richards: Getting older is a fascinating thing. The older you get, the older you want to get.

Publicado por: egle | 1 janeiro, 2013

De Repente 60

Pois é, este ano vou ficar sex…agenária. Meia entrada no cinema, fila de banco especial ( com a quantidade de velhinhos no mundo acho que não é muita vantagem).

Fazendo um rápido inventário destes anos todos,  minha vida tem sido uma sucessão de bons momentos. Um filho que, modéstia a parte, é o máximo e que este ano casou-se com uma moça  de quem gosto muito e que espero possam povoar minha casa de netinhos . Um companheiro com quem vivo há 33 anos  que até hoje me acha bonita , com quem adoro conversar e passear de mãos dadas , não é para qualquer uma.

Minha mana e sobrinha são um luxo, a mami , firme e forte do alto de seus 83 anos, tutti buona gente. A família que veio junto com o companheiro é igualmente adorável.

Tive sucesso na profissão, construí um barco lindo que embalou minha vida durante 20 anos e que agora veleja tranquilo nas mãos de outro capitão. Chego aos sessenta cheia de saúde , um pouco mais pesada do que gostaria , com muita disposição e planos .

Algumas pessoas queridas foram ficando pelo caminho, como meu pai que se foi muito cedo e que lamento não ter podido conversar mais com ele, mas vida que segue.

Para passar  este ano em grande estilo, à exemplo do que fiz nos 70 anos do companheiro, farei  mesversásios ( 1 comemoração por mês até a grande festa em Novembro, quando os 60 chegarão) .

Como bem disse Keith Richards : Getting older is a fascinating thing. The older you get, the older you want to get.

QUE VENHAM OS 70.

I+E FOX GLACIERA turma toda no Natal 2012

CASAMENTO DO SERGIO

casamento sergio 1

Publicado por: egle | 23 julho, 2012

Adeus José Feliciano

 Zé, velejador,arquiteto e amigo de muto tempo faleceu ontem, após uma longa batalha contra um cancer. Ser humano maravilhoso, tão bom, que o Ziraldo deve ter se inspirado nele para criar Jeremias , o bom.

Participante conosco do Sindicato Ajuricaba construiu o Tuareg, um veleiro de 35 pés. Fizemos várias viagens juntos, ao sul do Brasil de barco, a pé na Trilha do Ouro e na Chapada Diamantina e com Ivan e João do veleiro Yaghan em uma inesquecível viagem aos EUA.

Sua primeira tentativa de participar da REFENO  foi No TF II em 2004. Ao virarmos o focinho do cabo , quando a proa do barco apontou para NE, o Zé caiu e fraturou o femur, já abalado por conta de uma aterisagem mal feita em um salto duplo de paraquedas comemorando seu aniversário de 60 anos.

Em 2008, quando não conseguiu ir pela terceira vez a  REFENO ele me disse que sabia que não iria nunca mais. Eu disse a ele, que era bobagem que ainda havia muito tempo e que não faltariam barcos dos amigos para convidá-lo . Infelizmente o Zé tinha razão.

Como disse nosso amigo Manolo ao saber da morte do Zé: ” Se foi um amigo com todas as letras”.

Zé e Maria Helena passeando no TF II

Zé e Poker em Bracuhy

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